A pimenta mais ardida do mundo: Desafia até o inferno!

A pimenta mais ardida do mundo: Desafia até o inferno!

Se você acha que a pimenta mais ardida do mundo é a jalapeño ou até mesmo a malagueta, sinto em informar, mas você está muito enganado. A pimenta merecedora do título, é a Carolina Reaper medindo 1,64 milhões na escala de Scoville, medidor de grau de ardência das pimentas.

Origem da pimenta mais ardida do mundo

Criada pelo produtor norte-americano Ed Currie, a Carolina Reaper surgiu como fruto de uma década de dedicação. Inicialmente conhecida como HP22BNH, essa verdadeira obra-prima da picância é o resultado do cruzamento entre a Sweet Habanero e a temível Naga Viper.

Segundo Currie a pimenta é: “Dolorosamente quente, com tons doces e frutados e notas de canela e chocolate. Pode ser usado para apimentar molhos, salsas ou em combate”.

Seu nome, Carolina Reaper, presta homenagem ao estado norte-americano onde foi desenvolvida: a Carolina do Sul. O termo ‘Reaper’, que em inglês significa ceifador, evoca uma imagem poderosa, sugerindo a foice da própria morte.

Em 2013, entrou no Guinness Book, com o recorde da pimenta mais ardida do mundo, após testes realizados pela Winthrop University, que fica na Carolina do Sul, Estados Unidos.

Medindo o nível de ardência das pimentas

Para medir o nível de ardência das pimentas, é usada a escala Scoville. Essa escala quantifica a picância por meio de um teste que dilui uma extração de pimenta em água açucarada. Os provadores retiram uma amostra desse extrato e a consomem para avaliar o sabor.

Durante o processo, a amostra continua sendo diluída até que a picância se torne praticamente indetectável para os provadores. A classificação na escala é determinada pelo número de vezes que a solução é diluída.

Veja algumas pimentas na escala de Scoville:

  • Carolina Reaper: 1,64 milhão
  • Pimenta bode: 200 mil
  • Malagueta: 175 mil
  • Dedo-de-moça: 15 mil a 90 mil
  • Pimenta-de-cheiro: 200 a 1.000
  • Pimenta biquinho: 80 a 500

Por que a pimenta arde?

Primeiramente, a pimenta causa ardor ao ser ingerida devido à presença de uma substância chamada capsaicina, a qual estimula os receptores na boca conhecidos como TRPV1, desencadeando a reação característica. Esses receptores têm a função de detectar o calor, visando evitar a ingestão de alimentos que possam causar calor.

Deste modo, a capsaicina ativa os receptores TRPV1, e a sensação que experimentamos está associada à percepção de algo quente. Dessa forma, a dor provocada pela pimenta mais ardente do mundo (e por outras variedades) é, na verdade, um efeito colateral ilusório causado pela confusão dos nossos receptores neurais.

Pimenta faz mal à saúde?

Geralmente, o consumo moderado de pimenta não causa danos a saúde. Contudo, pessoas que já tenham condições como gastrite, úlceras estomacais, ou hemorroidas, é altamente aconselhável evitar o seu consumo.

Quando se trata da Carolina Reaper, é crucial ter um cuidado extra ao consumi-la. Houve relatos de casos em que a ingestão dessa pimenta levou pessoas a buscarem assistência médica de emergência. Em um desses casos, um homem de 34 anos experimentou fortes dores de cabeça após consumi-la, sendo posteriormente diagnosticado com estreitamento das artérias após exames médicos. Em outro incidente, um adolescente de 15 anos teve um acidente vascular cerebral, AVC, dois dias após ingerir a pimenta.

Fonte: G1, Canaltech

Isabela Mancini

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