Bactéria comedora de carne: O que é e como age
A bactéria comedora de carne refere-se a uma infecção chamada de fasciíte necrosante, relativamente rara e agressiva. Onde células de tecido são atacadas por várias bactérias, causando grandes danos ao organismo, em casos mais avançados, formam-se buracos na pele.
O que é e como age
A fasciíte necrosante é uma infecção causada por bactérias que invadem rapidamente o tecido subcutâneo e a fáscia superficial, camada que separa músculos da pele, resultando em sua degradação progressiva. Essas bactérias se manifestam de forma altamente invasiva, promovendo a morte dos tecidos afetados.
Estudos indicam que a taxa de mortalidade associada a essa infecção varia de 13% a 76%, sendo essa oscilação diretamente influenciada pela demora no início do tratamento e à sua capacidade de provocar falência múltipla dos órgãos.
Várias bactérias podem causar a fasciíte necrosante, no entanto, geralmente os agentes que iniciam a infecção são o Streptococcus hemolítico do grupo A e Staphylococcus aureus.
A infecção causada pela bactéria comedora de carne está classificada em dois tipos: I e II. No tipo I, várias bactérias são encontradas em associação. Já no tipo II, o agente causador é o Streptococcus do grupo A, isolado ou em associação com o Staphylococcus aureus.
Como se forma
Primeiramente, o local lesionado apresenta-se inchado e avermelhado, acompanhado de dor desproporcional ao tamanho do ferimento. Contudo, cerca de 20% dos casos não apresentam lesões ou traumas.
Ao avançar da infecção, percebe-se que a região afetada fica azulada e formam-se bolhas com líquido amarelado ou avermelhado. Consequentemente, as bordas tornam-se vermelhas e a área é coberta por tecido morto.
Num estágio inicial, a pele e os músculos não sofrem impacto, porém, à medida que a lesão progride, ocorre a necrose das fibras nervosas, resultando no comprometimento tanto da pele quanto dos músculos.
Alguns fatores podem desencadear o aparecimento da fasciíte necrosante, tais como:
- Traumas
- Lesões na pele
- Uso de drogas e álcool
- Doenças crônicas como diabetes e obesidade
- Idade avançada, geralmente acima de 65 anos
Tratamento
É indispensável a busca por ajuda médica, assim que se descobre a infecção, pois assim há mais garantias de tratamento. Caso contrário, pode-se resultar na amputação da área afetada para evitar que a condição se espalhe para outras partes do corpo.
O tratamento consiste no uso de antibióticos e em cirurgias para remoção da parte necrosada, sendo recomendado enxerto de pele após o procedimento.
Por fim, vale ressaltar que a total recuperação do paciente depende dos cuidados da sua saúde em geral, como, por exemplo, dando atenção à sua alimentação.
Fonte: Terra, Brasil Escola