Descubra o que é esquizofrenia e seus sintomas!
A esquizofrenia figura entre os transtornos psiquiátricos mais graves, seus sintomas podem prejudicar tanto as funções cognitivas e motoras quanto os relacionamentos sociais e profissionais. Este transtorno afeta cerca de 1% da população mundial, mas a falta de compreensão perpetua estigmas. Portanto, é crucial aumentar o conhecimento sobre a esquizofrenia e seus sintomas.
O que é esquizofrenia?
No século XIX, originou-se a etimologia da palavra “esquizofrenia” para descrever os indivíduos afligidos por esse transtorno psiquiátrico, então rotulados como loucos. “Esquizo” advém de “dividir”, enquanto “frenia” remete à mente, conforme discutido pelos filósofos clássicos.
A esquizofrenia, conhecida como distúrbio da mente dividida, é caracterizada por episódios em que a realidade é substituída por delírios e alucinações.
Causas
O Dr. Ariel Lipman, diretor da SIG – Residência Terapêutica, destaca que as causas precisas da esquizofrenia são desconhecidas, embora fatores genéticos e alterações neuroquímicas ou na estrutura cerebral sejam as principais hipóteses.
Um estudo da revista “Nature” revela que pessoas com um parente de primeiro grau com esquizofrenia têm um risco de 10% a 12% de desenvolver o transtorno, comparado a 1% na população geral.
Além disso, associações comportamentais, como o uso de drogas como maconha, foram observadas, mas não está claro se há uma relação causal entre o uso de maconha e a esquizofrenia, ou se a esquizofrenia leva a um aumento no uso de maconha.
Sintomas
Em geram, a esquizofrenia emerge com um aparente desinteresse no final da adolescência ou início da idade adulta, geralmente entre 15 e 35 anos. Gradualmente, a pessoa se afasta de suas atividades cotidianas e se isola. Suas respostas tornam-se peculiares e desajustadas, manifestando uma ausência dos sentimentos esperados em situações tristes ou felizes.
- Dificuldades de aprendizado desde a infância
- Desinteresse ou motivação
- Desinteresse em atividades laborais, educacionais ou sociais
- Ausência de reações emocionais adequadas a situações de alegria ou tristeza
- Experiências perceptivas incomuns, como vozes na mente ou alterações sensoriais
- Sensação inexplicável de ser perseguido
- Crenças irracionais ou falsas
- Redução ou ausência das habilidades habituais
- Inabilidade para demonstrar ou receber afeto
- Padrões de pensamento desordenados
- Conduta estranha ou incomum
- Problemas de memória
- Dificuldades em processar informações
- Dificuldades em resolver problemas
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da esquizofrenia é feito pelo psiquiatra após avaliação do paciente e familiares, embora atualmente não existam exames específicos para confirmá-lo.
O tratamento é variado, combinando medicamentos, psicoterapia e terapia ocupacional de forma personalizada. A abordagem é adaptada às necessidades individuais de cada paciente, com o acompanhamento contínuo de uma equipe multidisciplinar.
Além disso, os medicamentos para tratar o transtorno evoluíram desde os anos 1970, com os antipsicóticos antigos causando muitos efeitos colaterais, como tremores e rigidez muscular. Os antipsicóticos de segunda geração, são preferíveis devido a menos efeitos adversos graves, atuando em outras substâncias cerebrais além da dopamina, como a serotonina.
Se necessário, os medicamentos mais antigos são considerados, seguidos pela clozapina, com monitoramento regular devido aos efeitos sobre os glóbulos brancos. As injeções de longa ação também são uma opção conveniente, proporcionando doses de duas semanas a um mês.
Fonte: Portal Drauzio Varella, Veja Saúde
