Esfinge de Gizé: Conheça a história deste magnífico monumento
Erguida na época do Antigo Egito, a Esfinge de Gizé ou a Grande Esfinge de Gizé, uma das sete maravilhas do mundo antigo, é o maior monumento de pedra do mundo, com 72 metros de comprimento, 19 metros de largura e 20 metros de altura. A Esfinge de Gizé, além de suas grandes dimensões, é intrigante por sua singularidade. Esculpida em uma única peça de pedra calcária, sua construção sugere uma obra monumental.
A escultura fica localizada no Planalto de Gizé, na margem oeste do rio Nilo, nos arredores do Cairo, capital do Egito. De forma mais específica, esta esfinge protege a entrada das três Pirâmides do Egito: Quéops, Quéfren e Miquerinos.
Especialistas sugerem que a edificação tenha sido por volta de 2500 a.C., no reinado do Faraó Quéfren, da Quarta Dinastia; contudo, alguns indicam uma antiguidade ainda maior, sugerindo sua construção em torno de 10.000 a.C.
História e Origem
A Esfinge de Gizé, além de um símbolo político e histórico de importância, permanece como um enigma para a humanidade. Sua origem, função e construção continuam sendo objeto de investigação, destacando o avanço tecnológico das civilizações antigas.
Diferentes teorias atribuem sua autoria a Quéfren ou Quéops, porém, a pesquisa sobre suas características, especialmente as feições do rosto, é inconclusiva devido à corrosão natural do monumento, aumentando o mistério em torno dela.
Para os egípcios, a esfinge representava uma divindade: O Deus Sol “Atum Rá”. Segundo a lenda, por volta de 1400 a.C., Tutmés IV teve um sonho ao lado da Esfinge, onde o Deus do sol prometeu transformá-lo em um grande Faraó se ele removesse a areia que a encobria. Uma placa de granito vermelho, conhecida como Estela do Sonho, registra esse evento, embora sua coloração original tenha desaparecido ao longo do tempo.
Durante milênios, tempestades de areia cobriram completamente o corpo da esfinge, sendo redescoberta somente em 1925. Sujeita a várias restaurações ao longo dos anos, a Esfinge de Gizé é atualmente um dos monumentos mais visitados por turistas de todo o mundo.
Características da Esfinge de Gizé
A Esfinge de Gizé, além de suas grandes dimensões, é intrigante por sua singularidade. Esculpida em uma única peça de pedra calcária, sua construção sugere uma obra monumental.
A combinação de características humanas e animais reflete a cultura zoomórfica egípcia, enquanto sua posição estratégica diante das pirâmides e seu olhar para o horizonte sugerem um papel protetor, simbolizando o desejo do faraó de ser visto como um guardião.
Dentro da Esfinge, foram descobertas múmias, demonstrando a prática da mitologia funerária egípcia de mumificar os mortos importantes e depositá-los em grandes monumentos para proteção. Na tradição egípcia, os faraós eram considerados eternos, justificando a necessidade de preservação de seus corpos.
Em sua boca há uma inscrição, comprovando a função de protetor do faraó:
“Eu protejo a capela do teu túmulo. Eu guardo tua câmara mortuária. Eu mantenho os intrusos afastados. Eu jogo os inimigos no chão com suas próprias armas. Eu expulso o perverso da capela do sepulcro. Eu destruo os teus adversários em seus esconderijos, bloqueando-os para que não possam mais sair.”
E o nariz da esfinge?
O mistério em torno da Esfinge de Gizé é debatido intensamente. Inicialmente, a falta de nariz foi atribuída a Napoleão, mas desenhos anteriores ao seu tempo mostram a Esfinge sem nariz, refutando essa teoria. A corrosão natural da pedra calcária é uma explicação mais provável para a ausência do nariz, sugerindo que a escultura pode continuar se deteriorando. Estudos também indicam que a Esfinge pode ter sido originalmente pintada, mas o mesmo processo corrosivo a transformou em sua aparência atual.
Fonte: Segredos do mundo, Toda Matéria
