Estátuas da Ilha de Páscoa: Conheça a história dos Moais

Estátuas da Ilha de Páscoa: Conheça a história dos Moais

As estátuas da Ilha de Páscoa, conhecidas como Moai, são um dos mais enigmáticos e fascinantes legados da antiguidade. Situadas em uma remota ilha no meio do Oceano Pacífico, essas imponentes esculturas de pedra carregam consigo uma rica história cultural e espiritual.

Construídas pelos antigos habitantes da ilha, o povo Rapa Nui, os Moai têm intrigado arqueólogos, historiadores e viajantes por séculos, desafiando as noções convencionais de engenharia, religião e migração pré-histórica.

As Estátuas da Ilha de Páscoa

Estátuas da Ilha de Páscoa
Estátuas da Ilha de Páscoa

Localizadas na costa do Chile, estima-se que as estátuas tenham sido construídas com rocha vulcânica pelos antigos nativos da região, os Rapa Nui, entre os anos 1000 e 1500.

Existem cerca de 1000 Moais distribuídos em várias partes da Ilha de Páscoa, e outros que ficaram inacabados. O Moai mais alto ergue-se majestoso a cerca de 10 metros de altura, enquanto o mais maciço pesa cerca de 75 toneladas, desafiando a gravidade e a compreensão humana com sua magnitude impressionante.

As esculturas possuem tracos humanos como rosto, pescoço, bracos, mãos e tronco. Muitas delas se encontram soterradas mostrando somente a cabeça, enquanto outras ficam posicionadas em cima de bases retangulares, conhecidas como ahu.

Propósito das Estátuas

Este é um ponto muito discutido entre os historiadores e pesquisadores. Algumas teorias foram levantadas para tentar explicar a motivação da construção dos Moais.

Dentre elas, a mais predominante sugere que os Moais foram erguidos como uma forma de homenagear os antepassados, venerados após a morte, e para invocar sua proteção sobre os vivos.

Alguns desses monumentos apresentam um adorno em forma de chapéu, conhecido como pukao, que se acredita ter sido reservado para os Moais de pessoas de grande importância para a comunidade Rapa Nui. O pukao era esculpido em pedra vulcânica avermelhada, extraída de uma pedreira nas encostas do vulcão Puna Pau.

Moais com adorno em forma de chapéu, conhecido como pukao
Moais com adorno em forma de chapéu, conhecido como pukao

Outra linha de pensamento propõe que os Moais foram concebidos como guardiões da ilha, posicionados estrategicamente em áreas costeiras para proteger a comunidade.

Por último, há uma teoria que sugere que os Rapa Nui ergueram os Moais como uma forma de garantir a fertilidade da terra, uma espécie de ritual para assegurar a prosperidade agrícola da ilha.

Como os Moais eram construídos

Moais construídos na pedreira localizada no vulcão Rano Raraku
Moais construídos na pedreira localizada no vulcão Rano Raraku

Os Moais eram construídos em posição horizontal longe dos locais onde se encontram. Cerca de 95% deles, foram esculpidos em uma pedreira localizada no vulcão Rano Raraku. Ao finalizar a escultura, os Rapa Nui, as separavam da pedreira e a transportavam para o local desejado.

Não se sabe como os nativos conseguiam transportar as estátuas. No entanto, é de conhecimento que eles usavam uma rede de estradas internas para facilitar a movimentação das estátuas. Além disso, utilizavam uma ferramenta feita de havaíto, uma rocha vulcânica extremamente robusta abundante na Ilha de Páscoa, para esculpir e dar forma aos Moais.

Quem eram os Rapa Nui?

A civilização Rapa Nui viveu na Ilha de Páscoa após a chegada de grupos polinésios, provavelmente por volta de 1200 d.C., embora outras teorias sugiram datas entre os séculos III a.C. e VIII d.C. Originários das Ilhas Marquesas, liderados pelo chefe Hotu Matu’a, migraram para escapar de uma crise alimentar. As semelhanças culturais e linguísticas entre os polinésios das duas ilhas sustentam essa teoria.

Os Rapa Nui prosperaram inicialmente, mas a exploração intensiva dos recursos levou à sua própria ruína, com escassez de alimentos e conflitos internos. A população declinou drasticamente a partir do século XVII, e quando os europeus chegaram no século XVIII, encontraram uma sociedade em avançada decadência.

Fonte: Escola Kids, Aventuras na História

Gabriel Moretti

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