Mulher com 4 pernas: Uma deformação e a fama no circo

Josephine Myrtle Corbin nasceu em 1868 no Tennessee, Estados Unidos, com uma anomalia que chamava muito a atenção, suas 4 pernas. Além disso, tinha duas estruturas pélvicas distintas, assim como dois conjuntos de sistemas reprodutores e excretores funcionando de forma independente.

Sua condição foi identificada como a síndrome de duplicação caudal. Esse fenômeno ocorre devido à falta de separação completa dos óvulos fertilizados. A partir de certo ponto, eles crescem juntos, resultando na duplicação de membros e consequentemente na formação de um bebê dípigo. Em outras palavras, o corpo da irmã gêmea de Josephine evoluiu apenas da cintura para baixo e acabou sendo incorporado ao corpo dela.

Vida no circo da mulher 4 pernas

Não se tem registro sobre seus pais, o que levanta a hipótese que ela tenha sido abandonada pela família. Phineas Taylor Barnum, empresário do ramo de entretenimento conhecido como o avô da publicidade, a acolheu e passou a ser uma atração muito popular.

Com apenas 14 anos, ficou famosa conhecida como a mulher de 4 pernas. Em suas apresentações vestia as pernas extras com meias e sapatos, dando uma aparência singular. Embora sua anomalia fosse a causa principal de sua fama, Myrtle cativava o público com seu carisma.

Myrtle era tao popular que em suas apresentações pelo país lhe gerava uma boa renda, cerca de 500 dólares por semana, que na época era um bom dinheiro.

Família

Aos 19 anos, Josephine decidiu sair do circo e se aposentar. Foi aí que conheceu o médico Clinton Bicknell e se casaram. A união resultou em quatro filhos, o que fez com que novas descobertas fossem feitas sobre a deformação do corpo de Josephine, pois ao que tudo indica os dois aparelhos reprodutores funcionavam normalmente.

Sua vida sempre foi alvo de diversos rumores, mas isso não incomodava a família. Principalmente Josephine que voltou para o circo em Nova York. Por fim, a mulher morreu aos 68 anos, em 1928, por razões não identificadas, acompanhada de sua família.

Fonte: Aventuras na História, Folha do ES