O que fazer quando o cachorro morre?

O que fazer quando o cachorro morre?

É um momento doloroso perder seu fiel companheiro. A perda de um animal de estimação é uma experiência emocionalmente intensa para todos. É essencial oferecer cuidados compassivos até o fim, assegurando que seu querido amigo peludo descanse em paz. Aqui estão algumas orientações sobre o que fazer quando o seu cachorro morre.

O que fazer quando o cachorro morre?

Viva o luto

Para saber o que fazer após a perda do seu pet, é importante lembrar que o luto deve ser vivido. No Brasil, que possui a terceira maior população total de animais de estimação, segundo a Abinpet, o luto dos tutores que perdem seus pets pode ser subestimado.

Pesquisadores da CQUniversity, na Austrália, exploram o impacto dessa perda utilizando o termo “luto privado de direitos” ou “disenfranchised grief” em inglês. Esse tipo de luto ocorre quando a sociedade não reconhece ou minimiza a perda, o que pode levar familiares e amigos a não aceitarem a morte do animal como uma verdadeira perda para o tutor.

Caroline Escobar Cisnero, psicóloga e sócia-fundadora da Associação Ekoa Vet, aborda o fenômeno do luto não reconhecido, destacando a falta de validação na perda de um animal em comparação com a de um ente humano.

Ela ressalta que frases desestimulantes como “é só um cachorro, você compra outro” ou “você está chorando tanto por um gato?” evidenciam essa falta de reconhecimento da dor do tutor que perde seu animal de estimação. No entanto, o tutor que passa por essa perda deve vivenciar seu luto para, assim, poder seguir em frente.

É necessário viver o luto
É necessário viver o luto

O que fazer com o corpo?

Enterrar no quintal, jogar no lixo ou até mesmo em rios são práticas inadequadas que requerem correção imediata.

Uma alternativa recomendada é contatar o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), um serviço da prefeitura dedicado à saúde pública, responsável por implementar medidas preventivas e controlar as zoonoses (doenças transmissíveis entre animais e humanos), para o recolhimento do animal.

Para aqueles que não contrataram serviços particulares ou não têm condições financeiras para custear um enterro privado, podem solicitar o serviço através do telefone 156, SAC internet ou nas praças de atendimento. O recolhimento realizado pelo CCZ é gratuito e inclui a incineração adequada do animal.

Conheça os casos em que os animais são considerados de interesse para a saúde pelo CCZ:

  1. Cães ou gatos que nos 10 dias anteriores à morte morderam ou arranharam pessoas;
  2. Cães ou gatos que tiveram contato com morcegos nos últimos seis meses antes de falecer;
  3. Cães ou gatos que foram mordidos ou arranhados por animais desconhecidos nos seis meses anteriores ao óbito;
  4. Cães, gatos e outros animais atropelados;
  5. Cães, gatos e outros animais com sinais clínicos neurológicos (convulsões, tremores, andar cambaleante, salivação, mandíbula paralisada, suspeita de cinomose, entre outros);
  6. Cães, gatos e outros animais que morreram subitamente sem causa definida ou com suspeita de envenenamento.

Por que não pode enterrar em qualquer lugar?

Enterrar animais em solo comum é prejudicial à saúde e pode resultar em penalidades severas. Segundo o artigo 54 da Lei Ambiental, essa prática pode acarretar pena de um a quatro anos de prisão, além de multa que varia de R$ 500 a R$ 13 mil.

O enterro inadequado de animais representa riscos como contaminação do solo e propagação de doenças, o que é perigoso para a comunidade. Da mesma forma, descartar corpos de animais em mares, lagos e rios configura crime ambiental, sujeito a sanções que incluem prisão ou multa.

Fonte: Blog da Cobasi, O Povo

Gabriel Moretti

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