Origem do café: Conheça toda a sua jornada

Origem do café: Conheça toda a sua jornada

O café, segunda bebida mais consumida no Brasil, perdendo apenas para a água, conquistou nosso paladar desde seu surgimento, tornando-se praticamente indispensável nas nossas refeições matinais. Mas você sabe qual a origem do café? Confira aqui a sua trajetória.

Origem do café

Devido à incerteza sobre sua origem precisa, várias lendas surgiram sobre a história do café. Uma das mais conhecidas remonta a Kaldi, um pastor da Etiópia há mil anos. Observou que suas cabras ficavam mais animadas após comerem frutos avermelhados. Ele compartilhou essa descoberta com um monge, que os transformou em uma infusão, popularizando rapidamente o consumo.

Outra narrativa sugere que o monge, temendo o poder dos grãos, os jogou no fogo. O aroma resultante o convenceu a preparar uma bebida que se tornaria amada em todo o mundo.

O café na Europa

A Arábia Saudita desempenhou um papel crucial na propagação do café, mantendo seu cultivo como segredo devido às crenças em suas supostas habilidades milagrosas. A popularidade da bebida na região deu origem ao Café Arábica, amplamente consumido hoje.

Na Europa, o café chegou em 1570, inicialmente proibido para os cristãos até o Papa Clemente VIII aprovar seu consumo. A primeira casa de café foi inaugurada na Inglaterra em 1652, seguida por Paris em 1672. O hábito de adicionar açúcar ao café começou na França durante o reinado de Luís XIV, e ao longo do tempo, o café tornou-se uma tradição em toda a Europa, especialmente entre os intelectuais.

O café no Brasil

Durante os séculos XIX e XX, o café foi o principal produto de exportação do Brasil, sustentando tanto o Império como a República Velha. Suas raízes no país remontam ao século XVIII, quando Francisco de Melo Palheta trouxe as primeiras mudas para o Pará.

A produção em larga escala começou no início do século XIX, impulsionada pela demanda europeia e norte-americana. O café se expandiu a partir da Baixada Fluminense e do vale do rio Paraíba, beneficiando-se da estrutura escravista.

A construção de ferrovias facilitou o transporte, especialmente após a expansão das lavouras para o Oeste paulista. O Porto de Santos tornou-se o principal ponto de escoamento da produção. O café superou a produção açucareira em 1836 e 1837, enriquecendo os grandes latifundiários, conhecidos como “Barões do café”. Os comissários do café surgiram como intermediários entre os produtores e os exportadores, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país.

Fonte: G1, Brasil Escola

Alexandre Petrović

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