Origem do dia das mães: Conheça sua criação e jornada
A origem do dia das mães, remonta a séculos passados, onde as mães eram celebradas por sua importância na sociedade e família. Nesta jornada, vamos descobrir as raízes desta comemoração, sua evolução ao longo dos anos e como passou a ser reconhecida em quase todas as culturas.
A Origem
Poucos sabem, mas a comemoração mais antiga do dia das mães tem origem na Mitologia Grega. Na Grécia Antiga, no início da primavera, eram feitas celebrações com cultos, homenagens e presentes para Rhea, a mãe de todos os deuses.
Outro registro da celebração, esta no início do século XVII, quando, na Inglaterra, o quarto domingo da Quaresma passou a ser reservado para homenagear as mães das operárias. Neste, as trabalhadoras recebiam folga para passar o dia com suas mães. O evento ficou conhecido como “Mothering Day”, que originou o “mothering cake”, bolo que foi especialmente elaborado para a comemoração e celebração das mães.
Em 1872, nos Estados Unidos, a escritora Júlia Ward Howe teve as primeiras ideias para a criação de uma data em celebração às mães. No entanto, os esforços para que realmente surgisse a comemoração veio mais tarde no começo do século XX, quando Anna Jarvis deu início a uma campanha para que fosse estabelecido o “Dia das Mães”.
Tudo começou em 1905, quando Anna passou por uma dor imensa, chegando a ficar depressiva, ao perder sua mãe, Ann Reeves Jarvis. Em 1908, Ana decidiu fazer uma festa de forma ainda não oficial para perpetuar a memória da mãe. E desde então, passou a lutar pela oficialização da data para que fosse estendida a todas as mães vivas ou mortas para serem lembradas e homenageadas.
Oficialização da data
Anna estava decidida a lutar para que o Dia das Mães fosse oficializado como feriado. Sua motivação veio das palavras de sua mãe: “Espero e rezo para que alguém, um dia, reconheça um dia em memória das mães, para celebrar o serviço incomparável que prestam à humanidade em todas as áreas da vida”. Assim, a batalha durou anos, e Anna, incansavelmente, enviava cartas para congressistas, governadores e celebridades para que houvesse um feriado para essa data.
Finalmente, aconteceu a primeira celebração oficial, no dia 26 de abril de 1910, quando o governador da Virgínia Ocidental, William Glasscock, adicionou a comemoração no calendário estadual.
E a partir de 1911, todos os estados americanos reconheceram a data como feriado. Entretanto, a data como conhecemos hoje, no segundo domingo de maio, foi estabelecida apenas em 1914, pelo então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, ao seguir a sugestão da própria Anna. Pouco tempo depois, mais de 40 países, aderiram ao feriado.
Comercialização do Dia das Mães
Embora Anna tenha finalmente alcançado seu objetivo, a data se tornou um dia triste para ela. Porquanto, o que era para ser um dia para homenagear as mães, acabou se tornando um pretexto para comercialização. “Não criei o dia as mães para ter lucro”, disse Anna em uma entrevista em 1923.
Dai em diante, Anna iniciou uma campanha para dar fim a data, porém desta vez, seus esforços não obtiveram sucesso.
A história de Anna Jarvis, virou um livro: Memorializing Motherhood: Anna Jarvis and the Struggle for Control of Mother’s Day (“Em Memória da Maternidade: Anna Jarvis e a Luta pelo Controle do Dia das Mães”, em tradução livre) de Katharine Lane Antolini.
Na obra é contada a luta pela criação da data e depois a frustração que se tornou para Anna. “Eu sinto muito por ter criado o Dia das Mães”, disse Anna a uma jornalista. Em 1948, aos 84 anos, Anna morreu afundada em dívidas e depressão.
Origem do Dia das Mães no Brasil
O primeiro dia das mães no Brasil foi em 12 de maio 1918, realizado pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre. Contudo, somente em 5 de maio de 1932, o então presidente Getúlio Vargas assinou um decreto que oficializou o feriado.
“O segundo domingo de maio é consagrado às mães, em comemoração aos sentimentos e virtudes que o amor materno concorre para despertar e desenvolver no coração humano, contribuindo para seu aperfeiçoamento no sentido da bondade e da solidariedade humana”, diz o decreto.
Todavia, apesar das palavras emocionais do decreto, o intuito que Vargas para oficializar a data, foi impulsionar o comércio, o que acabou acontecendo, pois o dia das mães se tornou a segunda data comemorativa mais importante no Brasil neste quesito, perdendo somente para o Natal.