Os gritos do inferno: O som misterioso do fundo da terra

Os gritos do inferno: O som misterioso do fundo da terra

A existência do inferno sempre foi um mistério fascinante: seria um lugar de fogo e sofrimento abaixo da Terra, ou apenas uma invenção? Em 1989, cientistas russos realizando perfurações profundas na Terra começaram a ouvir sons inquietantes, descritos como os “gritos do inferno”. Saiba mais sobre essa história intrigante.

O que é o Inferno?

Dentre as diversas visões sobre o Inferno, há quem o interprete de maneiras distintas. Para o poeta Arthur Rimbaud, o Inferno reside no próprio interior do ser humano. O escritor T. S. Eliot, por outro lado, enxergava o Inferno como um aspecto intrínseco da Terra. Jorge Luis Borges, em seus escritos, argumentava que tanto o Paraíso quanto o Inferno estão além da medida das ações humanas e, portanto, são inalcançáveis para nós. Albert Einstein, em contraste, sustentava que o Inferno é uma invenção sem fundamento.

Já a Bíblia Sagrada descreve o Inferno como um lugar de fogo e danação abaixo da Terra, no meio de um mar de magma que abriga as placas tectônicas. Além disso, doutrinas como o Espiritismo veem o Inferno (ou Umbral/Purgatório) como uma dimensão espiritual paralela ao nosso mundo.

Gritos do inferno

Em dezembro de 1989, um grupo de geólogos russos aproveitou cavaram um poço de 14.000 metros na Sibéria e, surpreendentemente, alegaram ter ouvido lamentações do centro da Terra pedindo água e compaixão.

Durante a perfuração, os instrumentos começaram a falhar de maneira inexplicável, sugerindo que o interior da Terra poderia ser oco. O Dr. Azzacove, o cientista à frente da perfuração, estava buscando petróleo e, ao alcançar a profundidade de 14.000 metros, encontrou uma temperatura de 2.000 graus Fahrenheit e captou sons misteriosos com um microfone.

Embora o equipamento tenha derretido, a gravação foi realizada e escutada pelo Dr. Dmitri Azzacov e pela equipe de pesquisa. Em uma entrevista para a revista finlandesa Ammennusastia, Azzacov admitiu que, antes do evento, não acreditava na Bíblia ou no Inferno, mas que agora acreditava na existência do Inferno. Após diversos testes, a equipe descartou qualquer interferência externa na gravação.

Os gritos e a imprensa

A Trinity Broadcasting Network (TBN) foi a primeira a relatar a descoberta de um “Inferno” com grandes manchetes e entrevistas com o Dr. Azzacov e sua equipe. No início de 1990, a história se tornou um fenômeno global através de fontes religiosas. No entanto, em julho de 1990, o Christianity Today desmascarou a farsa, revelando a falta de evidências sobre Dmitri Azzacov.

Em setembro, a Biblical Archaeology Review questionou a autenticidade da gravação dos sons infernais e descobriu que a revista Ammennusastia era uma pequena publicação evangélica sem credibilidade científica.

A notícia se espalhou rapidamente pelo mundo, e um jornal finlandês publicou uma matéria com os relatos dos trabalhadores e especialistas que ouviram a gravação. O Dr. Azzacov comentou o evento dizendo:

“Como um comunista eu não acredito em céu ou na Bíblia mas, como um cientista eu acredito agora no inferno.

Desnecessário dizer que ficamos chocados ao fazer tal descoberta. Mas nós sabemos o que nós vimos e nós sabemos o que nós ouvimos. E estamos absolutamente convencidos que nós perfuramos pelos portões do inferno! Nós abaixamos um microfone, projetado para descobrir os sons de movimentos tectônicos abaixo da galeria. Mas em vez de movimentos de placas nós ouvimos uma voz humana, gritando de dor! No princípio pensamos que o som estava vindo do nosso próprio equipamento. Mas quando nós fizemos ajustes nos equipamentos, nossas piores suspeitas foram confirmadas. Os gritos não eram de um único humano, eles eram gritos de milhões de humanos! A essas alturas suspendemos a operação e ocultamos o buraco. Era evidente que havíamos descoberto algo que sobre passava a compreensão. Havíamos visto e escutado coisas que nunca foram vistas nem escutadas.”

Os gritos eram reais?

Em 2002, o programa Coast to Coast AM trouxe de volta a história do “Inferno” ao transmitir ao vivo a gravação dos sons infernais, gerando grande atenção midiática. A análise do áudio revelou que era uma farsa, com evidências de manipulações e um loop, mas a lenda continuou.

O governo russo não fez declarações sobre o incidente, e a corrida geológica entre EUA e URSS pode ter incentivado a tentativa dos russos de uma grande descoberta, porém mal executada.

Fonte: Mega Curioso, Fatos Desconhecidos

Isabela Mancini

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