Qual a diferença entre sinusite e rinite?
Sinusite e rinite, apesar das semelhanças, são condições distintas que exigem cuidados específicos. Sintomas como congestão nasal, coriza e tosse podem causar confusão e resultar em tratamentos inadequados. Diferenciar essas condições é crucial para um tratamento eficaz e um rápido alívio do desconforto. Descubra a diferença entre sinusite e rinite a seguir.
Diferença entre sinusite e rinite
Antes de descobrirmos as diferenças, precisamos analisar as semelhanças. Primeiramente, o sufixo “ite” nas palavras indica inflamação. Enquanto a rinite é a inflamação da mucosa nasal, a sinusite afeta os seios da face, que estão localizados nas bochechas, entre e acima dos olhos.
Além de compartilharem alguns sintomas, há outra semelhança entre as duas condições: em ambos os casos, é recomendado procurar um médico se os sintomas persistirem por mais de cinco a sete dias. Desta forma, o especialista mais adequado para avaliar, diagnosticar e tratar rinite ou sinusite é o otorrinolaringologista.
O que é sinusite?
A sinusite é a inflamação das mucosas dos seios paranasais, que incluem os ossos ao redor dos olhos, maçãs do rosto e testa.
Causas
Pode ser causada por bactérias, vírus ou alergias. As causas da sinusite variam, afetando a duração da condição. A sinusite crônica, por exemplo, pode resultar de problemas anatômicos, como desvio de septo ou estreitamento das cavidades nasais e dos canais de drenagem dos seios paranasais.
Sintomas
Os sintomas da sinusite geralmente são mais intensos em comparação com os da rinite:
- Congestão nasal;
- Secreção espessa, amarelada ou esverdeada no nariz, ou na garganta;
- Tosse;
- Dor de cabeça (cefaleia);
- Sensação de mal-estar;
- Fadiga;
- Irritação na garganta;
- Diminuição do olfato;
- Dor facial;
- Febre
Tratamento
O tratamento da sinusite inclui o uso de corticoides tópicos para reduzir a inflamação da mucosa e, ocasionalmente, antibióticos. Não é sempre necessário utilizar antibióticos, especialmente se a sinusite for de origem fúngica, pois eles não são eficazes nesse caso. No entanto, muitas pessoas não seguem essa recomendação. Segundo a AAO-HNSF, a sinusite é uma das principais razões para o uso excessivo de antibióticos, sendo a quinta causa mais comum.
Para diagnosticar a sinusite, é essencial uma avaliação clínica e, frequentemente, uma videonasofibroscopia para verificar se há inflamação além de outros possíveis problemas na cavidade sinusal.
O que é rinite?
A rinite é uma inflamação da mucosa nasal que pode ser temporária ou de longa duração que pode ser alérgica ou não.
Causas
Quando se trata de rinite não alérgica, as principais causas incluem infecções por vírus, bactérias ou fungos. Enquanto a rinite alérgica ocorre quando o corpo reage de maneira exagerada ao entrar em contato com pó, mofo, pólen, pelos de animais e ácaros encontrados em cobertores, tapetes, carpetes, bichos de pelúcia e roupas felpudas.
Sintomas
Os sintomas mais comuns da rinite são obstrução nasal, secreção, espirros frequentes e coceira no nariz. Além desses, outros sinais podem estar presentes:
- Congestão nasal intermitente ou constante, bilateral ou não, especialmente à noite;
- Secreção nasal fluida e clara, mas que também pode ser amarelada e espessa;
- Dor na região facial e frontal, acompanhada de sensação de peso;
- Diminuição do olfato;
- Coceira e vermelhidão nos olhos, ou lacrimejamento;
- Sensibilidade à luz (fotofobia);
- Sangramento nasal devido a traumas na mucosa nasal, particularmente em crianças;
- Sensação de catarro escorrendo pela parte posterior da garganta;
- Coceira no ouvido, palato e garganta;
- Dor de ouvido ou sensação de ouvido tampado, com estalidos ao engolir.
Tratamento
O tratamento da rinite varia conforme o tipo, mas geralmente inclui anti-histamínicos, descongestionantes nasais de curto prazo e soro fisiológico hipertônico. Vale ressaltar que todo medicamento deve ser prescrito por um médico.
Antialérgicos aliviam os sintomas durante crises, descongestionantes desinflamam a mucosa e corticosteroides reduzem a coriza e inflamação gradualmente. Além de medicamentos, higiene ambiental e imunoterapia podem ser recomendados, sendo necessário identificar o alérgeno a combater, como ácaros.
