Tomate é uma fruta ou um legume? A verdadeira identidade desmascarada!
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O tomate certamente conquistou seu lugar na culinária devido ao seu sabor marcante e aos diversos benefícios que traz à nossa saúde. Apesar disso, a confusão sobre sua classificação botânica persiste. Seria o tomate uma fruta ou um legume? A resposta a essa questão de longa data é clara: o tomate é, na verdade, uma fruta.
Tomate: Legume X Fruta
O tomate é classificado como uma fruta devido à sua composição morfológica. Ele se desenvolve a partir do ovário da planta, que surge após a polinização, e contém sementes em seu interior.
Entretanto, o que justifica o consumo popular do tomate como um legume é o seu sabor mais salgado que doce, sendo frequentemente servido em saladas e molhos.
Curiosidades sobre o tomate
Questão de tribunal
Nos Estados Unidos, por volta de 1893, a Suprema Corte julgou o caso “Nix v. Hedden”, que discutia se o tomate deveria ser considerado um vegetal ou uma fruta para fins fiscais. Pois, as frutas, segundo a “Lei de Tarifas de 3 de março de 1883” estariam isentas de tributação e os legumes, estavam sujeitos a um imposto equivalente a dez por cento do seu valor.
Portanto, a Suprema Corte determinou que, consoante a definição comum e a opinião do júri sobre o uso culinário, o tomate deveria ser classificado como um legume. Ou conforme declarado no parágrafo original da Suprema Corte dos Estados Unidos da América:
“Botanicamente falando, o tomate é o fruto de uma videira, assim como o pepino, a abóbora, o feijão e a ervilha. Mas na linguagem comum das pessoas, sejam elas vendedoras ou consumidoras de mantimentos, todos esses são vegetais cultivados em hortas. E que, quer sejam consumidos cozidos ou crus, são como batatas, cenouras, pastinacas, nabos, beterrabas, couve-flor, repolho, aipo e alface, geralmente servidos no jantar, com ou após a sopa, o peixe ou as carnes que constituem a parte principal da refeição. E não, como as frutas em geral, como sobremesa”.
Usado para fins medicinais
A partir de 1770, o médico inglês William Salmon começou a usar o tomate como uma loção para tratar uma variedade de condições, incluindo queimaduras, coceiras, úlceras, feridas, dores nas costas, dores de cabeça, gota e até mesmo ciática.
Origem e domesticação do tomate
As primeiras plantações de tomate provavelmente surgiram no oeste da América do Sul, no que hoje é Peru e Equador. Os povos nativos do México já cultivavam tomates no século XVI, antes da chegada dos europeus.
Colombo levou o tomate para a Europa a partir do México. As primeiras plantações europeias provavelmente vieram de Tenochtitlan, no México, conquistada por Hernán Cortés em 1519, e o primeiro registro na Europa data de 1544, no trabalho do herbalista italiano Matthioli.
Quanto a domesticação, ao longo do tempo, os produtores de tomate nas Américas aprimoraram a planta, selecionando as melhores partes dos frutos silvestres e replantando suas sementes para cultivar variedades de tomates maiores e mais saborosos. Esse processo de seleção, conhecido como domesticação, transformou os tomates selvagens em suas versões amplamente consumidas hoje em dia.
Fonte: National Geographic, G1